de VICTOR SERRA
na Associação José Afonso em 17 Nov. 2010
POEMAS
Para onde vai o riacho
Que corre pela nossa vida ?
E que podemos fazer para encantar
Este silêncio que parte todos os dias à nossa frente
Enquanto esperamos que o vento nos abrace
Victor Serra
20-10-2008
ATLÂNTICO
Que buscas na memória do encontro ?
Que resta de ti p'ra me encontrares ?
Porque saltas o oceano sem tocares a tua ilha ?
Que esperas da cidade ao pôr do sol ?
Que encontro no corpo do teu jardim ?
Serão pétalas que vão cobrir o poeta
Enquanto desces os percursos do mel
E vens dormir na pele dum cometa ?
Que trazes na mão para te dares ao sol
E entrares no calor do fogo que arde
Por dentro de mim
Deita-te na lua devagarinho
Para não acordares a noite
Leva-me a tocar-te o fio que separa esta distância
E quero perder-me no teu linho com sabor a rosas
E reter-te nos meus braços... e derreter-me
Como derretem as montanhas de gelo
Para lá do atlântico
Victor Serra
28 /10/2008
PRINCESA da FLORESTA
Corpo por entre as árvores da floresta
Deliciosamente encantando os pássaros
Porque apenas leva uma fita vermelha
Pendurada nos cabelos para travar o vento
Abraça todas as árvores que encontrares
Á procura duma pétala de vento
Apanha amoras selvagens
No cesto do regaço de um homem
Contra os seio desnudados do prazer
E sente o calor da pele que arde
Na fogueira que ilumina a noite
E depois já cansada ao sabor da brisa
Um cântico traz o som das águas
E o sabor do rio que desce a montanha
Para mergulhares nua em águas
Doces de mel cuado... e peixes de rubi
E no fim da floresta repouso de encanto
Nos teus braços de mulher .... amando
Como quem ama um vulcão renascido
Da montanha dos silêncios.
Victor Serra
31-10-2007
Escrevo com pele
Na tua pele um poema
Retalho no teus seios
Como um artesão de palavras
E entro para lá dos silêncios
Nas bocas de mel coado
E se as palavras
São êxtase que embalam os corpos
Escuta a sinfonia dos meus lábios
E fechas-me dentro da tua mão
Como um deus fecha o paraíso
Ao prazer dos mistérios
Victor Serra
2/3/06
Não há palavras para inventar um homem
Nem poetas que amem as palavras
Num sonho fomos um dia pelo vento
Nesta memória que nos faz viver o tempo
30/12/2005
Que é feito dos pássaros da noite
Que voam de asas caladas
Sobre a fonte da sede
De encontrar o silêncio
Victor Serra
5/6/2006
Vai à janela....
E olha para o mundo
E vê como ele é grande
Grande mesmo...
E tu não estás no fim da fila
Vais em direcção ao nada
E nem reparas no que passa por ti
Victor Serra
1-2-2006
Arrumamos a máscara
E voltamos a ser as pessoas
Que fazemos de conta
Que somos todo o ano
Que é feito do fato que cobrimos
De falsos brilhantes
Para sermos mais ricos nesses dias ?
Voltamos ao marasmo dos deuses
E às boas acções com bons comportamentos para não sair da norma
E somos máscara de nós mesmo... sempre
Sorri menina vestida de princesa
E com valsa marcada para dançar um dia
No salão das túlipas.
Victor Serra
21/2/07
Vem olhar o mar dentro duma vela
E se te apetecer seres uma sereia
Dentro de um búzio no fundo do mar
Molha-te de beijos e de algas
E afagar o nu do meu corpo
E vem do fundo da gruta
No prazer numa estrela
Dar luz ao encanto
Do teu oceano de fogo
Que brilha no prazer
Bem no fundo... nos corais
Deste percurso por cima do mar
Victor Serra
3/10/06
VOA
É longe o espaço no meio das tuas pernas
E vais penetrando estrelas no deserto
E comes na vela desnudada do teu ventre
E bebes na fonte donde brota o mel
São canas que descascas na pele dum homem
E nas frestas onde guardas restos de desejos
Vais nua pela copa das árvores
E come os frutos que tocam os teus lábios
E guardas o sumo que me vais entornar pela pele.
Eu sou o teu lagar e o mosto que pisas e montas
Como um cavalo na eira dos teus apetites
Descamisando fendas e varas de seixos
Baraços que atam corpos de musas deitada de bruços
Ao som do rufar da pele entrando como tochas de fogo
E penetra erecta a luz num uivo dum grito
Onde sobram mãos por dentro das grutas
E seios são fontes de rios e néctar dos deuses
Com penas de ternura
Deixo que voes sobre mim
Como um pássaro selvagem
E oiço o teu grito a fulminar o prazer.
Victor Serra
7/9/2007
Penetra um dedo na boca do vulcão
E queima tudo o que te apetecer
Até sentires a lavra incandescente
Escorrer-te pela mão em brasa
Sente o calor das cinzas pintando os apetites
Até te excitares com o eco das tuas palavras
Batendo na montanha em frente
Para retomares o prazer um pouco mais adiante
Como se luz fosse tão bela no seu percurso
Que vais ouvir todas as noites
O cântico da sereias.
Victor Serra
2/11/2007
Quando o silêncio abraça o vazio
E nos leva pela noite dentro
Sem encontrar o lado belo da vida
Nem o desenho que trazias nas palavras
Do teu corpo
Vai pelo lado certo da floresta
E troca poemas com os pássaros
E toma a seiva das àrvores
Victor Serra
1/11/2007
ESCREVA-ME PARA :
victorbokage@iol.pt
Fala ae Vitor, gostei do que escreveu. Parabens!
ResponderEliminarVery nice blog
ResponderEliminarMy name is Atzoletakis Agapitos .I am engineer of airplanes and I deal 40 years with the rc planes and I would want to present the models that I manufacture in Heraklion of Crete. I thank a lot.
Vielen Dank Agapitos,
I have a blogspot.
http://aeromodelling-agapitos.blogspot