Neste meu blog de Poesia vou colocando alguns poemas meus um pouco ao acaso e conforme me apetece apenas com o critério de eu gostar do Poema ou ele ter um significado especial.
Nua nas dunas do vento
E na língua de fogo da gruta
Que me engole o mar
Fonte da tua fonte
Em cada gesto
Toco no canto da muralha
Abro no meio da floresta
Num casulo de precipícios
Na mina de todos os lugares
Em cada percurso de linho bordado
São mãos dentro de mim
Em cada laço que embaraça a pele
Tocando o sol onde nasce a luz
E pela ponta dos teus dedos
Bebo o néctar dos teus seios
Para te incendiar cada prazer
Riacho desaguando devagar
Na lua perdida e aberta ao fogo
Victor Serra
11/4/2011
E na língua de fogo da gruta
Que me engole o mar
Fonte da tua fonte
Em cada gesto
Toco no canto da muralha
Abro no meio da floresta
Num casulo de precipícios
Na mina de todos os lugares
Em cada percurso de linho bordado
São mãos dentro de mim
Em cada laço que embaraça a pele
Tocando o sol onde nasce a luz
E pela ponta dos teus dedos
Bebo o néctar dos teus seios
Para te incendiar cada prazer
Riacho desaguando devagar
Na lua perdida e aberta ao fogo
Victor Serra
11/4/2011
Foto : marcelo carrera branco
NO BRANCO DA SAUDADE
De pele é a luz do encanto
De sede é o prazer e o horizonte
Por onde me perco e me vou
Na busca da fonte e do tempo perdido
Nos lábios bebo o mel das flores
E nas arpas oiço o silvo do prazer
Quando te perdes e libertas dos silêncios
Vou sempre devagar e lentamente perder-me em ti
Como quem escala e busca uma gruta na montanha
E deixo levar-me pelo corpo nu e belo da entrega
Sinto-me como deus amando o universo e as estrelas
E quando mais te libertas em mim... mais vou voando
Voando como quem voa para o planar no paraíso
É belo acordar no branco do altar e sentir o mosto
Descendo pela brancura dos teus seios
Enquanto o arfar do desejo se encontra nas tuas mãos de fada
E no meu corpo possuído por ti
Leva-me sempre como quem leva uma flôr entre os dentes
Numa dança de me pendurares numa nota de música
E deita-me como quem deita um cristal
Vem trazer-me os dedos e as mãos deslizando em mim
Como quem procura algo que nunca tenha encontrado
E perde-te no mais belo dos prazeres
Victor Serra
27/9/2010
a.brito
Uma Vida Num Saco Plástico
Coloquei uma vida dentro
Uma dúvida e um beijo
Um pedaço de sol e o teu olhar
Cobri de camisas e peúgos usadas
E coloquei num espaço pequeno
O meu grande amor por ti
Fui dando corda
Aos atacadore dos meus sapatos
E mudei de terra
Já não me deitava com o nascer do sol
Nem ouvia os gatos acordarem ao som dos pássaros
Desfrutava de ameixas vermelhas de prazer
E eras a mais bela de todos os meus amores
Tinha colocado o sonho na lua
E o amor era o que de mais belo acontecia
Nem me lembrava já como era viver sózinho
Trazia-te comigo todos os dias
Embrulhada em baba de camelo
Para te saborear os seios
E fui teu como nunca fui de ninguem
Tinha encontrado os lenços de acordar borboletas
E na cama de linho desfrutavas de mim
Como nunca eu tinha desfrutado de ninguem
Atado com túlipas de beijos
Não me deixes ficar em nenhum saco de plástico
Nem me reduzas a copos de um qualquer bar
Quero encontrar-te todas as noites no meu corpo
E nunca mais ter de mudar os sacos da minha vida
Nem sentir que o espaço não é meu.............
Victor Serra
12/4/2010
De pele é a luz do encanto
De sede é o prazer e o horizonte
Por onde me perco e me vou
Na busca da fonte e do tempo perdido
Nos lábios bebo o mel das flores
E nas arpas oiço o silvo do prazer
Quando te perdes e libertas dos silêncios
Vou sempre devagar e lentamente perder-me em ti
Como quem escala e busca uma gruta na montanha
E deixo levar-me pelo corpo nu e belo da entrega
Sinto-me como deus amando o universo e as estrelas
E quando mais te libertas em mim... mais vou voando
Voando como quem voa para o planar no paraíso
É belo acordar no branco do altar e sentir o mosto
Descendo pela brancura dos teus seios
Enquanto o arfar do desejo se encontra nas tuas mãos de fada
E no meu corpo possuído por ti
Leva-me sempre como quem leva uma flôr entre os dentes
Numa dança de me pendurares numa nota de música
E deita-me como quem deita um cristal
Vem trazer-me os dedos e as mãos deslizando em mim
Como quem procura algo que nunca tenha encontrado
E perde-te no mais belo dos prazeres
Victor Serra
27/9/2010
a.brito
Uma Vida Num Saco Plástico
Coloquei uma vida dentro
Uma dúvida e um beijo
Um pedaço de sol e o teu olhar
Cobri de camisas e peúgos usadas
E coloquei num espaço pequeno
O meu grande amor por ti
Fui dando corda
Aos atacadore dos meus sapatos
E mudei de terra
Já não me deitava com o nascer do sol
Nem ouvia os gatos acordarem ao som dos pássaros
Desfrutava de ameixas vermelhas de prazer
E eras a mais bela de todos os meus amores
Tinha colocado o sonho na lua
E o amor era o que de mais belo acontecia
Nem me lembrava já como era viver sózinho
Trazia-te comigo todos os dias
Embrulhada em baba de camelo
Para te saborear os seios
E fui teu como nunca fui de ninguem
Tinha encontrado os lenços de acordar borboletas
E na cama de linho desfrutavas de mim
Como nunca eu tinha desfrutado de ninguem
Atado com túlipas de beijos
Não me deixes ficar em nenhum saco de plástico
Nem me reduzas a copos de um qualquer bar
Quero encontrar-te todas as noites no meu corpo
E nunca mais ter de mudar os sacos da minha vida
Nem sentir que o espaço não é meu.............
Victor Serra
12/4/2010
Foto :victor serra
ANGÚSTIA
Desfraldo no vento a memória
Hesito em me encontrar com as nuvens
Enrolo-me no pensamento do passado
E vou pelo teu corpo descendo
Para me encontrar na gruta dos pássaros
E pintar de branco a descoberta do sol
Pinto riscos de giz nas dobradiças
Ato os nós das cordas do embaraço
E espero os dias do meu perfil
Nas coxas suadas do horizonte
Só me resta tomar de ti os lábios
Sentir a tua boca e a língua da cobra
No descamisar da pele nas dunas do início
Deste medo que me envolve de perder o jardim
Que lado da noite viajo para te encontrar
Que lado dos templos fica o paraíso
Para onde vai o regresso das camas desertas
De onde me deito e depois me levanto
Para te levar coberta de seda
Como se eu acreditasse em fantasmas
Monta as éguas brancas em direcção
Às angústias
Vai desenhando palavras nas tuas perólas
Trás conchas fechadas de poemas
E desejos em todas as madrugadas
Porque não quero
mais fugir de mim
Victor Serra
10-2-2010
a.brito
CORPOS
Encontro no teu ventre
O sonho de me perder
E nos teus lábios
Acordo todas as madrugadas
Descendo pela tua pela
E pelo teu corpo
Entendo como se levanta
O vulcão do teu prazer
Rasgo a fúria
De me fechares nas tuas pernas
Enquanto brota de dentro de ti
O rio que leva o néctar
À floresta das túlipas
Somos amantes das cavernas
E das trompas que tocam
Num rufar de pernas e abraços
Deitados no chão das montanhas
Quero possuir-te na concha dos deuses
Em espaços para não adiar o amor
Inventando lugar de encanto
Em camas de todos os prazeres
Victor Serra
2/2/2010
a.brito
O MEDO
Noite de jangadas e de medos
Tempo que resta para encontros
Enquanto o silêncio se apodera
Do que inventamos nos jornais
Como se o tempo da outra senhora
Voltasse tranquilamente alienando
As memórias de já não sentirmos nada
Do que nos cala... e vamos consentindo
Mas nada nos calará a revolta
Que trazemos nas palavras
Nem somos acomodados do deixa andar
E sabemos... quem nos empurra para o abismo
Victor Serra
24-11-2009
Desfraldo no vento a memória
Hesito em me encontrar com as nuvens
Enrolo-me no pensamento do passado
E vou pelo teu corpo descendo
Para me encontrar na gruta dos pássaros
E pintar de branco a descoberta do sol
Pinto riscos de giz nas dobradiças
Ato os nós das cordas do embaraço
E espero os dias do meu perfil
Nas coxas suadas do horizonte
Só me resta tomar de ti os lábios
Sentir a tua boca e a língua da cobra
No descamisar da pele nas dunas do início
Deste medo que me envolve de perder o jardim
Que lado da noite viajo para te encontrar
Que lado dos templos fica o paraíso
Para onde vai o regresso das camas desertas
De onde me deito e depois me levanto
Para te levar coberta de seda
Como se eu acreditasse em fantasmas
Monta as éguas brancas em direcção
Às angústias
Vai desenhando palavras nas tuas perólas
Trás conchas fechadas de poemas
E desejos em todas as madrugadas
Porque não quero
mais fugir de mim
Victor Serra
10-2-2010
a.brito
CORPOS
Encontro no teu ventre
O sonho de me perder
E nos teus lábios
Acordo todas as madrugadas
Descendo pela tua pela
E pelo teu corpo
Entendo como se levanta
O vulcão do teu prazer
Rasgo a fúria
De me fechares nas tuas pernas
Enquanto brota de dentro de ti
O rio que leva o néctar
À floresta das túlipas
Somos amantes das cavernas
E das trompas que tocam
Num rufar de pernas e abraços
Deitados no chão das montanhas
Quero possuir-te na concha dos deuses
Em espaços para não adiar o amor
Inventando lugar de encanto
Em camas de todos os prazeres
Victor Serra
2/2/2010
a.brito
O MEDO
Noite de jangadas e de medos
Tempo que resta para encontros
Enquanto o silêncio se apodera
Do que inventamos nos jornais
Como se o tempo da outra senhora
Voltasse tranquilamente alienando
As memórias de já não sentirmos nada
Do que nos cala... e vamos consentindo
Mas nada nos calará a revolta
Que trazemos nas palavras
Nem somos acomodados do deixa andar
E sabemos... quem nos empurra para o abismo
Victor Serra
24-11-2009